segunda-feira, 21 de setembro de 2015
ideias: camarim/repartição 2
gente, to até aqui pensando, nessa coisa de cenário e veja o que tá rolando na minha cabeça:
Será que esse espaço "repartição" onde nossa peça acontece, não poderia ser na verdade um camarim de um teatro que foi se tornando repartição?
Ou seja, nosso cenário deveria trazer informações de um camarim, mas que foi tomado por papéis e materiais de escritório.
E essa revelação de que era um camarim ir se estabelecendo aos poucos, no princípio está vem estabelecido que é uma repartição, mas os elementos camarim já estão. Porém nós vamos no decorrer da peça ir revelando-os e tornando claro que é um ali é um camarim de teatro. No movimento como o próprio texto está fazendo...
Isso nos permite até fazer uma relação que pode ser interessante: os personagens da nossa peça chegaram na situação máxima de burocratização do trabalho artístico que, inclusive ou até, o camarim teve de ser tomado para ser utilizado para o trabalho de produção, arquivamento e etc. Considerando a significação de camarim como o "pré-palco", o lugar onde os artistas se preparam para logo irem à cena, espaço que é a representação, em última instância, das artes cênicas.
Lembrei do filme Birdman e suas cenas que acontecem no backstage bem decadente do teatro. Lembram?!
ahhh inclusive acredito que essa ideia contribui também para estabelecer ainda mais a relação repartição/grupo de teatro decadente, amplia nossas referências para construir esse cenário e de alguma maneira nos coloca em um campo mais "indefinido", "livre" para a criação.
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